INICIATIVAS LOCAIS QUE AJUDAM A CONSERVAR AMBIENTES MARINHOS E LITORÂNEOS NO BRASIL
PROJETO
ECOBOAT, “SENA LIMPA”, REAMAR, ATLETAS E SOS MATA ATLANTICA
AGENDA:
Sábado, (01/09), às 09h
Mutirão de limpeza e
oficinas
Praia da Urca
Aberto à população
O Brasil é um dos países com
maior extensão litorânea do mundo. Possui mais de 8 mil km de costa marinha que
banham 75% dos principais centros urbanos do país, habitados por cerca de 2/3
da população brasileira. Mas grandes também são os problemas de poluição e de
práticas ilegais de pesca que deixam redes clandestinas próximas à arrebentação,
causando até mortes de surfistas.
FOTO DIVULGAÇÃO MENTES DE FERRO
Iniciativas localizadas no Rio de
Janeiro, envolvendo projetos, ONGs, governo e a comunidade esportiva carioca têm
se destacado na luta pela conservação do ambiente marinho e litorâneo no
Brasil.
O projeto ECOBOAT, por exemplo, nasceu
quando o dentista carioca
Sergio Rothier já avistava lixo flutuante em águas oceânicas, a uma distância
de setenta milhas das praias cariocas.
Trata-se de um projeto
inovador, destinado a combater um dos maiores problemas ambientais da atualidade,
o acúmulo de lixo no mar e promete se tornar um aliado da Cidade do Rio de
Janeiro no trabalho de combate à poluição da costa.
Além de coletar lixo dos espelhos d’água, o projeto Ecoboat
destina os resíduos a receptores licenciados pelos órgãos ambientais propondo solução
ambiental integrada para o lixo encontrado em baías, rios e lagoas. O projeto,
que agora entra em fase de expansão, tem operado com o apoio da iniciativa
privada a partir da primeira base operacional de coleta de lixo flutuante da
Baía de Guanabara na enseada de Botafogo.
No domingo passado (26), o
projeto ECOBOAT fez coleta inédita dos resíduos sólidos flutuantes em uma prova
de triahlon, modalidade que comemora 30 anos no país. Neste sábado (01), a partir das nove horas da manhã
(09h), na
Praia Vermelha, no Rio, o projeto
ECOBOAT participará de um mutirão de limpeza a convite do Instituto
Estadual do Ambiente (INEA) e da Rede de Educação Ambiental Marítima (REAMAR).
A comunidade esportiva carioca
tem se empenhado na conservação dos territórios costeiros e marinhos. Além do
triathlon, mergulhadores
retiraram entulhos do paredão da Urca, cartão postal da cidade recentemente
tombada pela UNESCO. A “Prova de Cidadania de atletas-mergulhadores” foi
organizada pela Confederação Brasileira
de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS).
No santuário dos surfistas, a Prainha, surfistas e a galera do stand up
padle retirou lixo do mar e da areia.
Segundo Abílio Arantes,
presidente da Federação de Surf do
Estado do Rio de Janeiro (FESERJ)
o lixo mata a fauna e a flora marinha e ainda pode atrapalhar a áreas de
competições esportivas na cidade
olímpica!
FOTO DIVULGAÇÃO MENTES DE FERRO
Outro grave problema apontado
pelo surfista é a colocação de redes de pesca ilegais próximas
à arrebentação, que podem chegar a 18km, como a que foi recentemente coletada mês
passado (julho/2012) em Arraial do Cabo, cidade localizada na Região dos Lagos,
litoral norte do Rio de Janeiro. Abílio não tem dados sobre afogamentos
provocados por redes no Rio. Mas lembra que no Sul do país a surfista Renata Turra Grechinski foi vítima
fatal da pesca clandestina enquanto surfava no Litoral do Paraná, e que
mergulhadores cariocas já relataram acidentes do tipo. A morte de Renata foi
publicada pelo jornal Gazeta do Povo, no dia três de fevereiro de 2012.
Com o objetivo de fomentar ainda mais iniciativas voltadas
para preservação ambiental dos ambientes marinhos e litorâneos, o Programa
Costa Atlântica, da Fundação SOS Mata Atlântica, distribuirá R$ 300,00 mil a
iniciativas preservacionistas. Para ganhar os incentivos projetos e entidades
envolvidas com o tema deverão se inscrever pelo site HTTP://gerenciasos-ma.org.br ou pelo
correio. O edital pode ser lido pelo site: WWW.sosma.org.br.
No início do ano, o secretário estadual do Ambiente Carlos
Minc, lançou o “Sena Limpa”, projeto que pretende investir R$150 milhões, até
2014, para despoluir seis praias, na da Zona Sul e a da Bica, na Ilha do
Governador. No total existem 184 praias em todo o estado.
Ao menos é um esforço de unir as diversas esferas de
atuação na área para criar uma solução local, mas com impacto global ao combate a
poluição dos oceanos.
Gabriela Hermes
Assessoria de Imprensa para promoção
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