2-Divisão do estado Pará;


Para José Batista a divisão do estado do Pará em: Carajás (poder com os ruralistas), Tapajós (idem) e Pará (Jader Barbalho) só fortalece o poder, as formas de controle dos grupos econômicos que no final são os que pagam a conta das candidaturas dos políticos.

O plebiscito chama sociedade para o debate, para enfrentar os reais problemas de fundo, que são:
·         Expansão acelerada e violenta do agronegócio que avança pelo Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia rumo à Amazônia;
·         Mineradoras;
·         Pecuária extensiva (as regiões onde tradicionalmente eram ocupadas pelo pasto, hoje perderam suas terras para as grandes plantações de grãos e cana-se-açúcar);
·         Madeireiros;
·         Soja e eucalipto, este último têm crescido a olhos vistos;
·         Luta pela terra, água e biodiversidade;
·         Revoltas sociais nas obras de construção da Hidrelétrica de Jirau (“22.000 trabalhadores elevam a voz contra as más condições de trabalho, contra maus tratos em o total desrespeito aos direitos” - dados constantes do relatório publicado anualmente pela Comissão Pastoral da Terra, disponível para download gratuito no site da CPT: “Conflitos no Campo – 2010”);
·         Mão de obra escrava, região “campeã” da mão de obra escrava contemporânea, são cerca de 30 mil trabalhadores nessas condições no Sul e Sudeste do Pará. A exploração humana e o nível de desigualdade sobre a qual se alicerça o “desenvolvimento”, transforma tudo o que a natureza prodigamente oferece como mercadoria e serviços ambientais e sacrifica milhões de vidas humanas em prol de um padrão de vida em que não há mais lugar para a simplicidade e à austeridade, desfrutado por uma minoria;
·         Assassinatos neste cenário todo. A Campanha da Fraternidade este ano vem alertar as consciências sobre toda esta grave realidade. A violência no campo começou a ser registrada pela CPT (Comissão pastoral da Terra) no final dos anos 70 tornando-os uma publicação anual a partir de 1985. Neste período foram registrados mais de 800 assassinatos, sendo que só nos últimos 15 anos foram 200 vidas perdidas;
·         Modelo de “integração” da Amazônia estimulado pelo regime militar resultou em: expansão dos grupos econômicos para dentro de um cenário ideal onde obtinham 100% de lucro, degradando o ambiente, explorando as riquezas com violência e sem fiscalização, ainda recebendo investimentos da SUDAM, usando mão de obra barata, quando não, escrava e recebendo incentivos fiscais do governo federal, legalizando a situação dos grileiros em detrimento dos posseiros. 

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