Impactos Atmosféricos da indústria Cloro/Soda
Desafios para indústria Cloro Soda ->
· Superar os problemas com a comunidade;
· Obter certificação ISO-14000;
· Reduzir emissões de GEE´s com obtenção de créditos de carbono.
Critérios para superação destes desafios e melhoria continuada dos processos
Identificar o cenário local, pontuando as características da região onde está localizada a indústria ESTADO DO RIO DE JANEIRO
da seguinte forma:
da seguinte forma:
· tipificando a vegetação, relevo, clima e correntes de vento, no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o relevo é variado, composto por duas unidades a baixada Fluminense e o planalto Fluminense. A primeira ocupa quase a metade do território estadual e é onde está concentrada a maior parte do parque industrial do Estado. Nesta área de relevo mais plano há predominância do clima tropical semi-úmido, com elevados índices de pluviosidade no verão e inverno seco. A temperatura média desse território é de 24ºC e a média de chuvas anuais é de cerca de 1.250 mm, predominando na baixada resquícios de floresta de Mata Atlântica (fonte consultada: Eduardo de Freitas – geógrafo).
· Mapeando as comunidades de entorno.
Em escala global é importante identificar o mercado global
As conseqüências deste contexto para o setor no Brasil, afetado também pelas paradas técnicas efetuadas, normalmente, em janeiro e pelo “apagão” de energia elétrica ocorrido em fevereiro que atingiu principalmente as indústrias do Nordeste não foram positivas. Segundo o SINALCALIS*, a produção de cloro na indústria nacional sofreu redução de 14,3% no primeiro trimestre de 2011 em comparação com igual período de 2010. Na média do período, a taxa de utilização da capacidade instalada foi de 77,3%, 15% menor que a média de janeiro/março de 2010. Este resultado se deve principalmente à convergência dos fatores internacionais e nacionais pontuados acima.
Com relação à soda cáustica, a produção nacional acumulada de janeiro a março de 2011 foi 15,2% menor do que em igual período de 2010. O consumo aparente de soda cáustica (produção local mais importações, descontado o volume exportado) apresentou ligeira elevação de 1%. Para suprir o mercado interno foi necessária a importação de 299 mil toneladas de soda cáustica no período janeiro/março de 2011, 23,7% a mais do que em igual período de 2010.
Poluentes emitidos pela atividade industrial do tipo Cloro/Soda
Dentre os poluentes investigados, o SO2 (dióxido de enxofre) tem o maior potencial de emissões pela indústria fluminense (83.115 toneladas por ano), e contribui para a formação das chuvas ácidas, com conseqüente acidificação das águas, solos, lesões nas plantas, materiais, etc.. Trata-se de um gás originado pela queima de combustíveis fósseis, sobretudo na indústria, e está associado também a problemas respiratórios, Mercúrio gasoso e fluidps de refrigeração.
O PM10 vem em segundo lugar (19.191 t/ano) no ranking de potencial de emissões no estado, sob forma de partículas sólidas ou líquidas muito finas, produzidas pela queima de combustíveis mais pesados, utilizados nos processos industriais e nos veículos a diesel e que, em grande concentração, danificam o sistema respiratório. DADOS IBGE
As plantas de processos químicos, devido à natureza intrínseca das substâncias e dos produtos que manuseiam, estão sujeitas a uma gama de riscos que podem, não raramente, produzir danos irreparáveis aos equipamentos, bem como ocasionar graves lesões, ou até mesmo mortes, aos trabalhadores e às comunidades circunvizinhas fora dos limites de suas instalações. Para diminuir os riscos e os efeitos de um possível acidente com efeitos intra e extramuros é necessári o planejamento de um plano de contingência que contemple:
1) Manutenção constante dos equipamentos, capacitação, melhoria dos processos e das substâncias manuseadas pela indústria e seus funcionário;
2) É indicado a formação de uma comissão de crise ou contratação de empresa especializada;
3) Previsão de treinamentos para motoristas da empresa;
4) Campanhas internas de prevenção de acidentes no trânsito, promoção da saúde e respeito às etapas que dão segurança a todas as operações;
5) Mapear as carências e reivindicações da comunidade por meio de visitas porta a porta;
6) Simulação de acidentes e procedimentos caso haja o acidente;
7) Elaborar um plano inicial de ações em caso de acidentes, como por exemplo, mapear a rota de evacuação da área afetada, e prever um plano B caso as primeiras ações não atendam o esperado.
Gases emitidos pela indústria cloro/soda capazes de contribuir com a deposição ácida e depleção da camada de ozônio
SO2 – dióxido de enxofre contribui para a formação das chuvas ácidas, com conseqüente acidificação das águas, solos, lesões nas plantas, materiais, etc.. Trata-se de um gás originado pela queima de combustíveis fósseis, sobretudo na indústria, e está associado a problemas respiratórios e à formação da chuva ácida. O mercúrio também é muito consumido pela indústria cloro/soda, a liberação gasosa do mercúrio se dá pela queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo para obetenção de energia para aquecimento das caldeiras. Os fluidos de refrigeração como CR 12 contribuem para a depleção da camada de ozônio.
Nas três caldeiras que compõem a linha de produção. A substituição de forma seqüencial, sem descontinuidade da produção poderá resultar na redução de 24 mil toneladas/ano das emissões de CO2, conforme a indústria Dow, localizada na Bahia declara em seu relatório de sustentabilidade com metas de redução até 2015.
Novas caldeiras permitem pré-aquecimento da água e reação com menor consumo de gás natural. A substituição desde combustível por hidrogênio também é um caminho para utilização de fontes de energia mais limpa nos processos. A substituição do fluido de refrigeração, como o CR 12, por aqueles que não agridam a camada de ozônio é um compromisso dos signatários do Protocolo de Montreal. Há ganhos sustentáveis também na susbtituição de óleos combustíveis, que contêm compostos com enxofre e que na reação liberam SOX, contribuindo para a ocorrência de chuva ácida, por gás natural.
CASO BRASKEM
Segundo a apuração do repórter Leandro Gama da TV Gazeta (WEB), os moradores da região afirmavam que houve um 'estouro' na fábrica, já o tenente do Corpo de Bombeiros Militar(CBM), Luiz Diego, apenas confirmou que houve um vazamento no local:
- O CBM chegou ao local e constatou que havia, de fato, um vazamento de gás, mas, segundo observações, não teve nenhuma explosão na fábrica- disse o tenente Luiz Diego.
Moradores da região acusaram o Corpo de Bombeiros de omissão de informação, e afirmam ter escutado um barulho vindo de uma das tubulações da fábrica, ocasionando pânico na região.
O QUE FOI FEITO – Comunicação em caso de crise:o gerente de comunicação da Braskem, Milton Pradines, declarou em nota protocolar dirigida à população alagoana o horário do acidente, 19h40, negando a explosão, possíveis incêndios e a ocorrência de vítimas. Pediu tranqüilidade aos moradores afetados e enviou, a serviço da Braskem, uma equipe médica ao Hospital Geral do Estado (HGE) para avaliar as vítimas, cerca de 130 pessoas, entre adultos e crianças.
OS SINTOMAS: todos relataram falta de ar, mal estar, vômito, desmaios, tosse e cansaço, sintomas de intoxicação, quatro vítimas foram consideradas em estado grave, uma delas correria o risco de perder a perna e outras trinta ficaram em observação.
CONSEQUÊNCIAS PARA EMPRESA: produção paralisada até que haja segurança total. No dia 21, sábado, durante o primeiro acidente da Braskem em 2011, o rompimento da tubulação provocou um vazamento de cloro de uma de suas tubulações. No acidente de segunda-feira não ocorreu vazamento porque as tubulações foram degasadas. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) classificou a infração da Braskem como grave e multou a empresa em R$ 583.333,28 pelos dois acidentes ocorridos na petroquímica. A empresa deverá ainda responder a um inquérito pocicial civil, para apurar a extensão real do acidente, baseado no ART 251 do CP, combinado com a legislação sobre crime ambiental –ART 54, lei 9605/98.
Há análises de técnicos que apontam para as causas dos dois acidentes. O primeiro acidente, de sábado, deve ter ocorrido pela alta concentração de massa gasosa de arraste. O cloro produzido arrasta consigo uma série de impurezas, que devem ser eliminadas pelo resfriamento, secagem, compressão e posteriormente liquefação; onde será reduzido o seu volume, facilitando o seu transporte para o destino de seus consumidores. A área de compressão além de comprimir o cloro também é responsável pela eliminação da principal impureza que acompanha o cloro gás ao longo do seu processamento, a tricloroamina, que em determinadas condições de temperatura, pressão e composição possui caráter instável e explosivo. Em outras palavras, a massa gasosa de cloro acabou reagindo violentamente e explodiu. No pré resfriadouro a massa esquentou demais e a Braskem deveria ter usado o refervedor de cloro para manter os gases no limite de tolerância. Isso não foi feito e houve a segunda explosão desta vez sem vazamento porque as tubulações já haviam sido degasadas.
E as substancias manuseadas, a situação de risco da comunidades circuvizinhas pode ser uma ameaça ao direito coletivo, por isso o Ministério Público Federal (MPF) abriu Procedimento administrativo para apurar o casoo relatporio deles sobre o risco real que essa comunidade está submentida hoje, também foi requerido o relatório do Hospital Geral Estadual (HGE), informações da Comissão prevenção acidentes e do sindicato dos trabalhadores relacionados à Braskem e do Sindipetro, a fim de identificar as causas e os responsáveis e para embasar uma possível ação judicial.
EM RELAÇÃO ÀS VÍTIMAS: a Braskem vai computar todos os danos, numa pesquisa com os residentes do local para ressarcir qualquer tipo de dano. Quatro dias depois do vazamento a Braskem centralizou o atendimento na Associação dos Moradores, com uma equipe de médicos, psicólogos e enfermeiros do Exército.
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